Pequenas e médias de TI terão de se unir contra grandes, diz especialista

Fonte: Decision Report
31/07/2008

As constantes aquisições feitas pelas empresas de grande porte, como a compra da Datasul pela Totvs, ocorrida no último dia 22, fazem com que as pequenas empresas tenham de rever sua estratégia para serem capazes de concorrer com as grandes e se manter no mercado. Para Ruy Moura, presidente da Acquisitions, consultoria especializada fusão e aquisição, a tendência é que as companhias com faturamento até R$ 30 milhões ao ano unam forças contra as grandes. “Não existe mercado para todo mundo”, analisa Moura.

Para o especialista, as empresas de pequeno porte devem se integrar e cita como exemplo bem sucedido de consolidação a Virtus, formada em março a partir da fusão de sete empresas nacionais de software. Moura afirma que está acompanhando vários projetos de fusão entre empresas de pequeno porte, acelerados em função da compra da Datasul pela Totvs. “Juntas, as companhias serão mais competitivas”, diz Moura.
Outro modelo citado por ele como exemplo dessa estratégia para fazer frente às grandes companhias é o da Senior Solution, especializada em software para o setor financeiro, que cresceu por meio de quatro aquisições feitas durante três anos, viabilizadas por sociedade com o BNDES e o Fundo Stratus VC.

A companhia adotou estratégia de crescimento baseada em ampliação da carteira de soluções, produtos e serviços que, na opinião de Moura, é uma saída para as companhias que querem concorrer as com gigantes. Antes das aquisições a Senior registrava crescimento orgânico médio de cerca de 30% ao ano e, após as compras, atingiu 300% de crescimento em 2007.

Preferência pelas grandes
Segundo Moura, as fusões no mercado de TI se fazem necessárias pois os clientes precisam cada vez mais de soluções mais consistentes e de infra-estrutura para que suas unidades regionais também possam ser atendidas, daí a necessidade de fornecedores de grande porte. “Por causa da consolidação do PIB e das perspectivas de crescimento da economia, as empresas estão crescendo, se consolidando e se preparando para processos de IPO.
Para isso, elas precisam cada vez mais de tecnologia”, analisa.

Carolina Pereira